O imaginário
Entende-se por imaginário um sistema de ideias e imagens de representação coletiva que os homens, em todas as épocas, construíram para si, dando sentido ao mundo.
A ideia do imaginário como sistema remete à compreensão de que ele constitui um conjunto dotado de relativa coerência e articulação. A referência de que se trata de um sistema de representações coletivas tanto dá a ideia de que se trata da construção de um mundo paralelo de sinais que se constrói sobre a realidade, como aponta para o fato de que essa construção é social e histórica.
O historiador Bronislaw Baczko, que assim define o imaginário, atribui a esse conceito características de historicidade e abrangência. O imaginário é histórico e datado, ou seja, em cada época os homens constroem representações para conferir sentido real. Essa construção de sentido é ampla, uma vez que se expressa por palavras/discursos/sons, por imagens, coisas, materialidades e por práticas, ritos performances. O imaginário comporta crenças, mitos ideologias, conceitos, valores, é construtor de identidades e exclusões, hierarquiza, divide, aponta semelhanças e diferenças no social. Ele é um saber-fazer que organiza o mundo, produzindo a coesão ou o conflito.
O filósofo Coenelius Castoriadis, vai mais além nessa reflexão sobre a natureza do imaginário: para além da sua dimensão histórica, o imaginário é capacidade humana para representação do mundo com que lhe confere sentido ontológico. É própria do ser humano essa habilidade de criação/recriação do real, formando uma espécie de magma de sentido ou energia criadora. A essa condição herdada de construção imaginária do real, Castoriandis dá o nome de imaginário radical, fonte de todo o simbólico. Já à atividade social que atribui sentido ao mundo, construídas a partir de condições históricas e apoiada naquela energia criadora, o autor dá o nome de imaginário efetivo. Este é sempre um imaginário simbólico e opera segundo lógicas próprias, conferindo existência significada ao real.
Vide: História e história cultural
Sandra Jatahy Pesavento
Ed. Autêntica
O historiador Bronislaw Baczko, que assim define o imaginário, atribui a esse conceito características de historicidade e abrangência. O imaginário é histórico e datado, ou seja, em cada época os homens constroem representações para conferir sentido real. Essa construção de sentido é ampla, uma vez que se expressa por palavras/discursos/sons, por imagens, coisas, materialidades e por práticas, ritos performances. O imaginário comporta crenças, mitos ideologias, conceitos, valores, é construtor de identidades e exclusões, hierarquiza, divide, aponta semelhanças e diferenças no social. Ele é um saber-fazer que organiza o mundo, produzindo a coesão ou o conflito.
O filósofo Coenelius Castoriadis, vai mais além nessa reflexão sobre a natureza do imaginário: para além da sua dimensão histórica, o imaginário é capacidade humana para representação do mundo com que lhe confere sentido ontológico. É própria do ser humano essa habilidade de criação/recriação do real, formando uma espécie de magma de sentido ou energia criadora. A essa condição herdada de construção imaginária do real, Castoriandis dá o nome de imaginário radical, fonte de todo o simbólico. Já à atividade social que atribui sentido ao mundo, construídas a partir de condições históricas e apoiada naquela energia criadora, o autor dá o nome de imaginário efetivo. Este é sempre um imaginário simbólico e opera segundo lógicas próprias, conferindo existência significada ao real.
Vide: História e história cultural
Sandra Jatahy Pesavento
Ed. Autêntica
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